quinta-feira, 14 de maio de 2015


A bancada do PMDB do Senado não vai orientar voto a favor ou contrário à indicação do jurista Luiz Fachin a ao Supremo Tribunal Federal. Oficialmente, o discurso do líder do partido, Eunício Oliveira (CE), é de que não há como encaminhar uma posição por se tratar de votação secreta. Nos bastidores, porém, a medida foi vista como uma forma de não contrariar em público o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que nunca escondeu o descontentamento em relação à escolha da presidente Dilma Rousseff.
"O voto é secreto, não há como fazer encaminhamento oficial da liderança", afirmou Eunício. No entanto, o líder do PMDB disse ter considerado muito bom o desempenho de Fachin na sabatina de terça-feira, por ter respondido a todos os questionamentos. Na sessão da CCJ, senadores importantes da sigla, como o ex-líder do governo Romero Jucá (RR) e o ex-ministro Garibaldi Alves (RN), declararam que votariam pela aprovação do indicado ao STF.
Ontem, mesmo após apelos de senadores da base, Renan manteve a posição de só levar o nome de Fachin a plenário na terça-feira. O presidente do Senado alegou ter fixado a data para mostrar "neutralidade" em relação ao tema.
"Marcamos para terça-feira exatamente para desfazer qualquer conotação em relação à condução do presidente. Porque se você improvisa, se você votar a qualquer hora, qualquer dia, vai sempre aparecer alguém que vai dizer: votou hoje para administrar um quórum menor. Ou que votou antecipadamente para utilizar um quórum maior", afirmou Renan.

           

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