Foto: Katherine Coutinho / G1
A presidente Dilma Rousseff afirmou, hoje, durante evento em Ipojuca
(PE) que a Petrobras "merece" e a sociedade "exige" o fim de casos de
corrupção na estatal. Ela participou do batismo do navio Marcílio Dias e
da viagem inaugural do navio petroleiro André Rebouças, no Estaleiro do
Atlântico Sul.
"Vocês vejam o momento que a gente enfrenta, e temos de enfrentá-lo
porque a Petrobras merece e a sociedade exige. Temos de enfrentar e
acabar com todos os malfeitos, todas as atividades de uso indevido da
empresa e todos os processos de corrupção, mas esta empresa é forte o
suficiente, inclusive para ganhar o óscar tecnológico, nos Estados
Unidos", disse a presidente.
Desde o início do ano, a presidente tem defendido a Petrobras em
eventos dos quais participa. No mês passado, ao entregar unidades do
programa Minha Casa, Minha Vida em Duque de Caxias (RJ), Dilma afirmou,
sem citar nomes, que a estatal "limpou o que tinha de limpar".
Também em abril, na posse do novo ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro, ela declarou que a "luta" para recuperar a companhia é dela e
"está em curso".
Presente no evento de Dilma nesta quinta, o presidente da Petrobras,
Aldemir Bendine, afirmou que a estatal sairá "mais forte e mais
saudável" da crise que enfrenta após os escândalos de corrupção
investigados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Bendine disse
também que a companhia "não se deixou paralisar".
Modelos de exploração
Durante o evento desta quinta, a presidente afirmou que os atuais
modelos de exploração de petróleo no Brasil: concessão e partilha.
Segundo explicação da presidente, o modelo de concessão costuma
ocorrer em áreas de "alto risco", que não se sabe se há petróleo na
região a ser explorada. Já o modelo de partilha, disse, é previsto para
áreas que têm "muito petróleo".
Indústria naval
Em seu discurso, Dilma afirmou ter "perfeita clareza" de que o Brasil
"superou obstáculos" para conseguir construir os dois navios
inaugurados nesta quinta em Pernambuco. No evento, a presidente defendeu
a qualidade e a tecnologia das embarcações, além da "melhoria" da
formação técnica dos funcionários da Petrobras nos últimos anos.
Ela foi aplaudida do dizer que o Brasil "gosta" de outros países, mas quer produzir o que pode ser produzido no país.
"E nós começamos a construir a indústria naval do nada, porque tinham
sucateado o parque que havia. E isso permitiu uma coisa importante,
permitiu que uma decisão estratégica fosse tomada: a indústria naval não
ia ser concentrada em um só lugar, beneficiando não só uma região do
país", disse.
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