247 – Para o presidente da Petrobras, Aldemir
Bendine, os acordos de leniência com as empreiteiras investigadas na
Operação Lava Jato são a melhor forma de reaver recursos desviados da
companhia. “A possibilidade de êxito e recuperação de maiores valores
para a Petrobras vem desses acordos de leniência com a CGU
(Controladoria-Geral da União)”, afirmou Bendine.
A afirmação foi feita em reunião do Conselho de Administração da
estatal, ocorrida em 26 de março, segundo reportagem do ‘Estado de S.
Paulo’. Segundo o executivo, é necessário avaliar se ações judiciais
contra as empresas poderiam “inviabilizar” o processo de ressarcimento
que está sendo negociado entre elas e a CGU.
Em abril, o órgão do Executivo, chefiado pelo ministro Valdir Simão,
publicou no Diário Oficial a regulamentação de quatro atos da Lei
Anticorrupção, entre eles a celebração de acordos de leniência entre
poder público e empresas. Com isso, mesmo com a posição contrária do
Ministério Público, comandado por Rodrigo Janot, e dos procuradores que
coordenam a força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol e Carlos
Fernando Lima, governo e empreiteiras investigadas poderão firmar
acertos em troca de penas mais brandas. Para o Planalto, a medida evita
que grandes obras sejam paralisadas e mais pessoas percam empregos.
Nesta segunda-feira, Bendine afirmou, durante evento em Brasília que
marcou a devolução de R$ 157 milhões desviados aos cofres da estatal,
que a petroleira está tomando todas as medidas adequadas e necessárias
para assegurar a devolução integral dos prejuízos decorrentes de
corrupção.
O Ministério Público Federal informou já ter garantia de que R$ 570
milhões serão devolvidos à Petrobras e à União. "Não há soluções
mágicas, mas estruturação de sistema de governança permanente vai
garantir que esses crimes não se repitam", disse (leia mais).
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