O governador João Lyra (PSB) ingressou na gestão do Estado com um
prazo de validade. O socialista substituiu o ex-governador Eduardo
Campos (PSB) em abril deste ano, mas não foi escolhido para sucedê-lo. O
gestor sempre afirma que não guardou mágoas do neto de Miguel Arraes –
apesar de não ter sido consultado sobre a sucessão – e também não tem
nenhum problema com Paulo Câmara (PSB), que assumirá o seu lugar no
próximo ano. No entanto, em entrevista à Folha de Pernambuco e ao Blog da Folha,
ele afirma que ainda é cedo tachar o futuro governador como a principal
liderança do PSB. Segundo Lyra, “é preciso construir um novo líder para
o partido”.
“Eu não acho que não cabe o nome de tutela de Eduardo sobre Paulo
Câmara. Acho que cabe que ele era liderado por Eduardo Campos. Agora,
nós estamos sem o líder estadual do PSB. E essa liderança não se
transfere e não é identificada pelo cargo. Ela tem que ser construída.
Nós não temos uma liderança estadual do PSB. Temos pessoas que ocupam
cargos importantes”, disse João Lyra.
De acordo com o socialista, uma nova liderança no partido pode surgir
no mandato de Paulo Câmara. Para ele, mesmo com a falta de um líder,
não há risco de haver uma disputa interna na sigla.
“Acho que isso faz parte da atividade política. Disputas,
divergências, convergências. Uma disputa não é racha. Nacionalmente, há
um novo governador em Brasília, Rodrigo Rollemberg (governador eleito do
Distrito Federal). Vai se tornar ou não uma liderança nacional? Não
sei. Ele foi um bom senador, tem uma responsabilidade imensa. Márcio
França, em São Paulo, vai ser vice-governador do maior estado do País,
qual vai ser o papel dele no PSB? Ele é uma liderança forte em São
Paulo. Tem Renato Casagrande, que perdeu a eleição no Espírito Santo,
mas teve a gestão aprovada e é presidente da Fundação Mangabeira. Que
papel ele vai ter? Pernambuco é um Estado importante? É. Mas o PSB não
tem uma liderança nacional”, explicou
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