Estadão Conteúdo.
O ex-diretor da Área de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou nesta terça-feira (10) que a estatal não é um "balcão de negócios". Em depoimento à CPI da Petrobras do Senado, ele rejeitou a acusação feita pela Polícia Federal de que uma "organização criminosa" tenha instalado na estatal.
"Muita
coisa foi dita de forma antiética, sem provas, e quero colocar de forma
que repudio muito veemente que a Petrobras seria uma organização
criminosa", afirmou.
De
acordo com o ex-diretor, a prisão de 59 dias, por envolvimento na
operação Lava Jato, da Polícia Federal, colocou uma "pedra" na carreira
que desenvolveu na estatal e frisou que chegou ao cargo de diretor após
27 anos na empresa.
"Não caí
de paraquedas, fui diretor por competência técnica", afirmou, ao
destacar que o episódio colocou sua família numa posição "delicada, sem
fundamento" e que se sente "muito constrangido" por tudo o que ocorreu. "Realmente para mim foi muito ruim porque 35 anos de Petrobras não se jogam no lixo como jogaram", criticou.
Na sua
apresentação inicial, o ex-diretor negou ter cometido irregularidades na
sua passagem de oito anos no qual ocupou o cargo de diretor e, mesmo
depois de se aposentar, em fevereiro de 2012, quando montou a
consultoria Costa Global.
Ele
disse que montou essa empresa, suspeita de envolvimento no esquema
investigado pela PF, para se manter em atividade e lembrou que o
salário, após a aposentadoria, é reduzido em média de 20%. "Eu
acho que diretores e presidentes de Petrobras deveriam ter a tal da
quarentena, quando você tem, você fica 6 meses, um ano [sem trabalhar
recebendo]", afirmou.
"A
Petrobras não tem [quarentena]. Eu tive começar uma atividade assim que
saí, e comecei uma consultoria, que é uma área que eu conheço após 35
anos na companhia", completou.
O
ex-diretor disse ainda que a Refinaria de Abreu e Lima foi iniciada 30
anos após a estatal não ter tido nenhum investimento em refinarias.
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