Vaias a Dilma têm mesmo o peso dado pelos jornais?
247 - O que
aconteceu de realmente importante na tarde de ontem, além, é claro, da
vitória de 3 a 1 da seleção brasileira contra a Croácia? Em primeiro
lugar, a Arena Corinthians, que despertava grande temor, passou bem pelo
teste de fogo. Além disso, não houve problemas de deslocamento e os
torcedores chegaram e saíram com facilidade, utilizando o transporte
público. Para completar, não houve a temida greve dos metroviários e os
protestos foram realizados por grupos minoritários. Em resumo, uma
grande festa, onde a esperança venceu o medo de um eventual fracasso
(leia mais aqui).
No entanto, o que mais foi destacado
pelos jornais, na manhã seguinte, ou pelos telejornais de ontem? A vaia
que partiu da ala Vip do estádio (leia aqui)
e, em alguns momentos, foi dirigida à presidente Dilma, num grosseiro
"ei, Dilma, vai tomar no c...". O que essa vaia significa? Praticamente
nada. Expressa apenas a falta de educação e o comportamento de manada
típico dos estádios de futebol, quando um pequeno grupo começa a gritar
palavras de ordem, que rapidamente se alastram. Além disso, se fossem
outros os presidentes, será que o mesmo não teria ocorrido?
A vaia, em si, foi um evento banal. A
cobertura dos jornais e telejornais, nem tanto. Significa que Folha,
Estado de S. Paulo e Globo, cujos colunistas falavam em "Copa do Medo" e
"chuteiras sem pátria", fazem parte da torcida organizada anti-Dilma. E
os torcedores que ali gritavam, gritavam por eles. Os Frias, os
Mesquita e os Marinho.
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