A pergunta que se faz hoje nos bastidores da politica em Pernambuco
é: João Lyra (PSB) vai assumir o governo quando Eduardo Campos (PSB)
deixar o cargo ou vai abandonar o barco e permitir que Guilherme Uchoa
(PDT), presidente da Assembleia Legislativa, torne-se governador? Já não
é segredo para ninguém que Lyra fez esta ameaça a Eduardo ainda durante
o processo de escolha do seu sucessor. Embora o gestor tenha dito a
pessoas próximas que não acredita nesta possibilidade, ela é factível,
porque ainda não dá para medir o tamanho da mágoa de Lyra.
O vice apostou suas fichas e até de deixou seu antigo partido, o PDT,
para ingressar na sigla de Eduardo. O caruaruense pode tomar outros
rumos: aceitar a escolha e apoiar a decisão ou simplesmente conspirar
contra. Isso porque ele não está magoado apenas com Campos, mas também
com Fernando Bezerra Coelho, com quem mantinha um pacto. Como a própria
Folha noticiou na última sexta-feira (21), os dois haviam acordado que
se um não fosse o escolhido, declararia apoio ao outro.
Mas, pelo que se diz nos corredores do Palácio das Princesas,
“Bezerra teria montado no cavalo antes mesmo de o governador colocar a
sela”. Eduardo deixa o cargo em abril para dar inicio oficial à sua
campanha à Presidência da República e João Lyra, como vice, teria nove
meses de governo pela frente.
Para Campos, isso coroa a carreira política do colega. Mas Lyra acha
pouco. Ele não está magoado apenas por ter sido preterido, mas por não
ter participado do processo. Porém, como postulante, isso seria
complicado. Resta saber se vai mesmo ao anuncio oficial da chapa, na
segunda-feira. Apesar de o evento ter sido adiado por sua causa, sua
presença ainda é incerta. A expectativa é grande porque todos sabem que
ele mantém uma ótima relação com o candidato da oposição Armando
Monteiro Neto (PTB).(Do blog da folha)
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