Por Michel Zaidan Filho
As
folhas dão conta de uma reunião nacional do PSB em Recife para tratar
da campanha eleitoral do governador de Pernambuco. Acredito que a
reunião deva tratar também da eleição de governandor em nosso estado,
nos estados chefiados pelo partido e do xadrez político a ser construido
pelas alianças do PSB pelo Brasil afora, tendo em vista a eleição do
seu presidente.
Pelo andar da carruagem, a solução para Pernambuco
será caseira ou familiar: será indicado (ou escolhido?) o primo do
governador, Tadeu Alencar. Naturalmente, o chefe do executivo estadual
precisa de um nome de estrita confiança, que em que possa mandar, como
fez com o nome escolhido para a Prefeitura do Recife.
As
especulações que apontavam para o nome do ex-ministro da Integração
Regional, Fernando Bezerra Coelho, foram desmentidas pela dinâmica da
política. Coelho não seria um nome tão dócil para os planos do
mandatário estadual de continuar mandando na política de Pernambuco.
A disputa, de toda maneira, não parece fácil, já que o senador Armando Monteiro também está no páreo, possivelmente com o apoio do PT.
A disputa, de toda maneira, não parece fácil, já que o senador Armando Monteiro também está no páreo, possivelmente com o apoio do PT.
Mais
complicada são sem dúvida os palanques e as alianças nos demais estados
da federação. A costumeira assimetria política e a frouxidão da
legislação eleitoral brasileira permitirão as mais esdrúxulas alianças,
de acordo com a situações políticas regionais. A começar pelo maior
estado da federação, São Paulo, onde a deputada Luiza Erundina
praticamente impôs uma candidatura própria do PSB.
Mas nas demais
unidades federativas, o governador de Pernambuco terá as mesmas
dificuldades. Há que contemplar interesses e conveniências regionais
para compor a moldura dos palanques de 2014.
De todo jeito, o
maior desafio será acomodar no palanque do PSB a camarilha do PSDB, a
nivel nacional. Isto porque o PSDB não é um partido de segunda linha,
que se preste a mero adjuntório eleitoral. A candidatura de Aécio Neves
está consolidada, é um fato consumado. E ela tende a trazer consigo
vários aliados importantes no primeiro turno das eleições.
Ou seja, até lá o PSB tem que se virar com seus aliados: Marina-partido-rede, o PPS, um pedaço do PMDB, o PTB e outros menores.
O
principal divisor de águas dessa campanha é o desafio da oposição de se
apresentar como alternativa a Dilma. Afinal, alguns sairam do seu
ministério. Outros rezam pela mesma cartilha economica e não estão
isentos dos pecados políticos atribuidos ao PT. Enfim, quem é o novo na
política brasileira?
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