A menos de uma semana da retomada dos trabalhos do Legislativo — frise-se, após um recesso ilegal —, todas as atenções estarão voltadas para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A aposta é que ele chegue com a mesma agenda com a qual encerrou o semestre, ou seja, maioridade penal (segundo turno), o que faltou da reforma política e algumas “cascas de banana”, sob encomenda para que o governo deslize e precise de uma ajudinha do presidente da Câmara para se manter de pé.
A Cunha não interessa um governo recuperado, tampouco fortalecido, ainda que seja só um pouquinho acima do propalado “volume morto”. E é por aí que o deputado trabalhará. Não por acaso, as conversas palacianas têm girado em torno do que o Congresso pode e não pode fazer na largada do segundo semestre. Invariavelmente, alguns parlamentares são lembrados de que a agenda de Eduardo Cunha não pode se sobrepor à do país.
A esperança do governo é a de que as excelências se convençam a não servir de escada para o presidente da Casa. E, lembrem-se que, Lava-Jato à parte, de todos os que estão hoje na vitrine, apenas Dilma Rousseff não é candidata em 2018. (Denise Rothenburg – Correio Braziliense)
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