247 – Reportagem publicada nesta segunda-feira 27
pelo jornal O Estado de S. Paulo informa que a força-tarefa da Lava Jato
identificou que executivos da Odebrecht presenteavam funcionários do
alto escalão da Petrobras com quadros e pinturas de "alto valor". Entre
os presenteados estariam os ex-presidentes da estatal José Sergio
Gabrielli e Graça Foster.
Em nota enviada ao 247, a defesa de Rogério Araújo, alto executivo da
empreiteira, que pediu afastamento do cargo depois de ter sido preso no
âmbito da investigação, "esclarece que a relação de brindes trazida na
denúncia não se refere a pinturas milionárias, como tem sido a opinião
pública levada a entender, mas a reproduções das obras de arte dos
artistas mencionados".
"Procuradores da Lava Jato passaram a alimentar a imprensa com dados
colhidos nos 4 terabytes recolhidos nos computadores da Odebrecht. Há
suspeitas de que estejam manipulando dados para influenciar a opinião
pública", escreveu o jornalista Luís Nassif, em artigo sobre o assunto.
"A reportagem não diz qual o 'alto valor' registrado. Segundo a
Odebrecht, as tais obras de arte de alto valor são gravuras dos autores
citados", acrescenta.
O jornalista destaca ainda que "há uma diferença essencial entre o
quadro e as gravuras. Gravuras são imagens reproduzidas a partir de uma
matriz. Seu valor depende da importância da gravura em si e do número de
reproduções".
De acordo com ele, "no site Mercado Livre há várias gravuras de Volpi
à venda, com preços que variam de R$ 480 a R$ 2 mil. Apenas aquelas com
dedicatória tem preço elevado. Mas como Volpi morreu há anos, é
improvável que tenha assinado as gravuras post morten".
Leia aqui seu artigo.
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