Kennedy Alencar
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que pretende
continuar no comando da Casa na hipótese de ser denunciado pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A denúncia deverá vir em breve.
Reservadamente,
um dos investigadores afirma que o relato do que foi apurado até agora
poderá levar Cunha a sofrer pressão política para reavaliar a intenção
de continuar a presidir a Câmara. A denúncia teria fatos fortes.
Na
avaliação de quem está no centro das decisões da Lava Jato, a prisão
preventiva de Cunha já teria sido pedida caso ele fosse um executivo de
uma empreiteira. Investigadores dizem que o presidente da Câmara teria
tentado interferir nas investigações. Cunha nega e se diz perseguido
pela Procuradoria Geral da República.
Mas,
como o peemedebista é chefe de um poder da República, seriam
complicados os eventuais pedidos de prisão ou de afastamento da
presidência da Câmara _este último uma possibilidade em estudo e ainda
sem decisão da parte do Ministério Público.
Cunha
sempre negou ter cometido crime no âmbito da Lava Jato. E já deu prova
de que tem audácia política suficiente para enfrentar a Procuradoria
Geral da República.
Segundo
parlamentares que conversaram com Cunha nos últimos dias, ele estaria
decidido a tentar ficar no comando da Câmara e a marcar o início do
segundo semestre como um inferno para o Palácio do Planalto.
O duelo entre Cunha e Janot promete emoções.
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