domingo, 26 de julho de 2015

Duelo entre Cunha e Janot promete emoções


Kennedy Alencar
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que pretende continuar no comando da Casa na hipótese de ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A denúncia deverá vir em breve.
Reservadamente, um dos investigadores afirma que o relato do que foi apurado até agora poderá levar Cunha a sofrer pressão política para reavaliar a intenção de continuar a presidir a Câmara. A denúncia teria fatos fortes.
Na avaliação de quem está no centro das decisões da Lava Jato, a prisão preventiva de Cunha já teria sido pedida caso ele fosse um executivo de uma empreiteira. Investigadores dizem que o presidente da Câmara teria tentado interferir nas investigações. Cunha nega e se diz perseguido pela Procuradoria Geral da República.
Mas, como o peemedebista é chefe de um poder da República, seriam complicados os eventuais pedidos de prisão ou de afastamento da presidência da Câmara _este último uma possibilidade em estudo e ainda sem decisão da parte do Ministério Público.
Cunha sempre negou ter cometido crime no âmbito da Lava Jato. E já deu prova de que tem audácia política suficiente para enfrentar a Procuradoria Geral da República.
Segundo parlamentares que conversaram com Cunha nos últimos dias, ele estaria decidido a tentar ficar no comando da Câmara e a marcar o início do segundo semestre como um inferno para o Palácio do Planalto.

O duelo entre Cunha e Janot promete emoções.

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