segunda-feira, 22 de junho de 2015

Odebrecht não parou" apesar de Moro" com prisão de seu presidente

Alo Alo Bahia - Gestos são maiores do que discursos. Com Marcelo preso, Emílio Odebrecht, pai, fez o que tinha de fazer - pegou o avião e foi para o escritório de São Paulo trabalhar na maior multinacional brasileira. A filosofia dos Odebrecht sempre envolveu dedicação extrema e uma vida quase espartana de entrega ao trabalho. Comparados a outros empresários brasileiros, os Odebrecht sempre foram exemplo de austeridade. Mas também de arrojo e ousadia. A situação, no país, já era tensa após a conclusão da delação premiada de Ricardo Pessoa; ainda não homologada pelo Ministro Teori Zarvaski. Mas a queda da Andrade Gutierrez e sobretudo a prisão de Marcelo Odebrecht fizeram a pressão chegar ao máximo. Não há outro assunto e não há outro propósito, no governo, senão achar uma saída para situação. Já há sinais de grave preocupação também nas hostes da oposição. O que Marcelo, irresignado ao ser preso, chamou de "lambança" tem potencial de atingir o PSDB, principal partido de oposição. Se tudo isso já não fosse bastante ruim, o ex-presidente Lula fez ruir a última ponte de papel que o ligava ao governo Dilma Rousseff. Lula, que já vinha subindo o tom, acusa Dilma de frouxidão e fulmina: ela é culpada pelo atual estado das coisas. Contudo, o que já é ruim ainda pode piorar. Num cenário de descontrole e lassidão das regras vigentes, a nuvem negra pode atingir a Câmara, o Senado, FHC, Serra, o alto Judiciário e muitos, muitos governadores e ex-governadores. Um Ministro do STF já avisou que delação premiada não prova nada. Prova se constitui por investigação. No meio jurídico as críticas a operação Lava Jato são generalizadas; o que não muda o fato de que reputações estão destruídas. Caso a situação avance sobre os políticos, o processo muda de foro - sobe pro STF. Caso contrário chegará rapidamente em Lula (como ele mesmo prevê). Como os romanos que esperavam os bárbaros, talvez a homologação da delação de Pessoa resolva alguns desses graves problemas. Nesse cenário de terra arrasada, alguns esperançosos acreditam num novo país. Os pessimistas também acreditam em um novo país, mas vislumbram pobreza e um tipo Berlusconi no poder. Ah! sobre a eventual delação premiada de Marcelo Odebrecht, o comentário geral dos bem informados é: esqueçam!

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