Novo vice-líder do governo na Câmara Federal, o deputado Silvio Costa
(PSC) fez duras críticas a bancada de oposição da Casa. Segundo o
parlamentar, a maioria da oposição é “despreparada, panfletária e não
conseguiu construir um projeto de país para voltar ao poder”.
“Veja o caso do ajuste fiscal: a oposição sabe que nós precisamos
ajustar as contas públicas para poder garantir os direitos e conquistas
dos trabalhadores brasileiros, mas eles caminham no sentido inverso,
eles sabem, por exemplo, que a Previdência no Brasil tem um déficit de
105 bilhões por ano, e que nós precisamos enfrentar um debate sério para
que no futuro o povo brasileiro não seja penalizado. Mas eles insistem
em politizar assuntos sérios. Eles foram derrotados nas últimas
eleições, mas não conseguiram ainda descer do palanque”, disparou o
deputado, em nota enviada à imprensa.
Segundo Silvio Costa, a possível instalação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara é uma “ação
irresponsável da oposição”. Ele também acusou o governo do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em “abrir as portas para a corrupção”.
“O que eles precisam compreender é que, diferente do governo Fernando
Henrique Cardoso, no nosso governo as entidades são respeitadas e
funcionam. Na época deles, o Procurador engavetava os processos e quando
a Polícia Federal começava investigar, eles demitiam. Portanto, em
minha opinião, esta CPI, mais uma vez, vai servir apenas para desgastar o
Parlamento Brasileiro”,disse.
“Não foi o PT quem inventou a corrupção. Um dos delatores do caso
disse que a corrupção na Petrobrás é endêmica. Que já acontecia desde
97, no Governo Fernando Henrique Cardoso. Aliás, foi o Governo de
Fernando Henrique Cardoso que abriu as portas da Petrobrás para a
corrupção quando elaborou um decreto dizendo que a Petrobrás não
precisaria seguir a lei das licitações. Portanto, a maioria da oposição
Brasileira não tem moral política para criticar a corrupção. Porque no
governo deles todas as CPIs foram abafadas, como por exemplo, a da
privatização”, completou.
Ele também afirmou que é preciso acabar com as indicações políticas
em órgãos públicos como o Poder Judiciário e o Ministério Público
Federal. “Precisamos aprovar uma PEC onde a meritocracia sobreponha à
indicação política. Este é o debate sério”, relatou.
Em sua opinião, existe uma vontade entre os parlamentares da Casa em
fazer uma reforma politica. “Acho que a verdade eleitoral tem muita
chance de ser aprovada, mas se não conseguirmos, defendo na Reforma
Política, o fim das coligações nas proporcionais, mudança de prazo de
filiação para a época das convenções, diminuição do tempo de campanha
para 45 dias, fim do domicílio eleitoral e a volta da cláusula de
barreira”, concluiu o parlamentar.
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