segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

MPE frustra PSDB e sugere aprovar contas de Dilma


247 - A jornalista Andrea Jubé, do jornal Valor Econômico, obteve, com exclusividade, o parecer de 14 páginas do Ministério Público Eleitoral, assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral Eugênio José Guilherme de Aragão, sobre o pedido apresentado pelo PSDB para que as contas de Dilma, em 2014, sejam rejeitadas (leia aqui a reportagem do Valor).
O parecer traz boas notícias para a presidente Dilma. De acordo com Aragão, os pontos apresentados pela coordenação jurídica do PSDB, chefiada pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), não são suficientes para justificar qualquer reprovação.
"No dia 29 de novembro, o PSDB requereu a rejeição das contas de Dilma baseando-se em três argumentos principais. Em primeiro lugar, a violação ao limite de gastos, antes da autorização formal do aumento do teto pela Justiça Eleitoral. Os tucanos também apontam irregularidades no lançamento das despesas com o site "Muda Mais", que fez campanha para Dilma na internet, e questionam os gastos declarados com o uso do avião oficial da Presidência da República", informa Jubé.
No caso do avião, os tucanos questionavam o valor de R$ 5 milhões, semelhante ao declarado por Lula em 2006.  "É sabido que os valores de mercado da natureza desse tipo de gasto sobem ano a ano", dizem os tucanos. "Mas em seu parecer, o vice-procurador eleitoral cita informação da campanha de Dilma de que ela teve menos deslocamentos que Lula em 2006, que realizou 87 eventos de campanha. Contudo, Dilma fez 41 deslocamentos, 46 a menos", informa a jornalista.
Aragão aprovou ainda os gastos de R$ 350,5 milhões, lembrando ainda "que houve contabilidade em duplicidade, para maior controle da Justiça Eleitoral, o que não deve ser considerado uma irregularidade para fins de desaprovação das contas". Sobre o Muda Mais, ele também apontou que as despesas, efetuadas pela empresa Pólis, do marqueteiro João Santana, foram regulares.
Embora o parecer seja uma boa notícia para o PT e a presidente Dilma Rousseff, as contas ainda serão analisadas pelo ministro Gilmar Mendes

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