Uma
empresa americana de manutenção de motores de aeronaves admitiu à
Justiça dos Estados Unidos que pagou propina a dois oficiais da Força
Aérea Brasileira (FAB) e a um funcionário do gabinete do ex-governador
de Roraima José de Anchieta Júnior (PSDB) (Foto). Um comunicado do
Departamento de Justiça dos EUA publicado nesta quarta-feira (10)
informa que a Dallas Airmotive pagará US$ 14 milhões de sanção penal por
descumprir a lei que pune empresas do país que praticam corrupção no
exterior.
Procurada, a FAB
disse que soube do caso pela imprensa e que abriu processo para apurar
os fatos. José de Anchieta Júnior disse que se informará sobre o assunto
antes de se pronunciar. Em nota, a Dallas Airmotive confirmou o
pagamento de suborno e atribuiu as ilegalidades a funcionários que já
estão fora da empresa.
Segundo
o Departamento de Justiça dos EUA, a Dallas detalhou que, entre 2008 e
2012, subornou funcionários da FAB e do gabinete do governo estadual de
Roraima, na época sob administração de José de Anchieta Júnior(PSDB).
Entre os
mecanismos usados pela empresa para o pagamento da propina estavam
acordos com empresas de fachada, pagamentos a terceiros e oferecimento
de presentes aos funcionários, como pagamento de viagens de férias, diz o
comunicado, que não cita os nomes dos envolvidos .
O processo apresenta também trocas de e-mails que teriam indícios de pagamento de propinas. Em deles, um dos militares escreve a um agente de vendas da empresa americana. 'Envio as informações da companhia, não se preocupe. A companhia aqui no Rio mostra o meu nome como sócio e por isso eu não poderia fazer negócios com você, o TCU [Tribunal de Contas da União] não permite (risos)', diz a mensagem eletrônica. (Do Portal G1)
O processo apresenta também trocas de e-mails que teriam indícios de pagamento de propinas. Em deles, um dos militares escreve a um agente de vendas da empresa americana. 'Envio as informações da companhia, não se preocupe. A companhia aqui no Rio mostra o meu nome como sócio e por isso eu não poderia fazer negócios com você, o TCU [Tribunal de Contas da União] não permite (risos)', diz a mensagem eletrônica. (Do Portal G1)
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