Por Tereza Cruvinel
Está em curso uma
escalada política para sangrar a presidente Dilma, buscando condições
para um eventual impeachment, desconstruir a imagem mítica do
ex-presidente Lula, para inviabilizar sua eventual candidatura a
presidente em 2018, e ferir de morte o PT. Estão tentando realizar o
que Jorge Bornahusen pregou em 2005, quando disse que era preciso
“acabar com esta raça”, tem dito o ex-presidente aos mais próximos.
A rejeição das contas de campanha de
Dilma é uma peça importante desta escalada, que contou nos últimos dias
com o uso da delação premiada de um dos executivos presos, Mendonça
Neto, Ele informou ter feito uma doação legal ao PT por orientação do
diretor Duque mas o noticiário omitiu a parte de sua declaração, segundo
a qual não informou ao tesoureiro Vaccari Neto as motivações de sua
doação nem relacionou-a com propinas. No círculo de Lula, a pesquisa
Datafolha, segundo a qual 68% dos entrevistados responsabilizam Dilma
pelos ilícitos na Petrobras, teve o claro intuito de contribuir para sua
deslegitimização mas esbarrou num quesito: para a grande maioria, o
governo dela foi o que mais combate a corrupção e os que mais puniu
corruptos. Contra Lula, surgiram nos ultimos denúncias miúdas –
relacionadas com palestras, deslocamentos durante a campanha e coisas
afins – claramente destinadas a construir em torno dele uma agenda de
desmoralização.
Diante de todos os sinais de que a
ofensiva de agora tem elementos mais corrosivos dos que os utilizados em
2005, Lula e o comando petista decidiram fazer em Brasilia, na
quarta-feira, um ato político de resposta, de denúncia e mobilização da
militância para a conjuntura difícil que está se desenhando.
(leia mais no blog da colunista Tereza Cruvinel)
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