247 - O presidente do PT, Rui Falcão, concedeu uma importante entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT (assista aqui).
Nela, fez um alerta em relação a movimentos golpistas que começam a
ganhar corpo. Falcão disse que um eventual pedido de impeachment da
presidente Dilma Rousseff “certamente será repudiado pela população”.
Ele afirmou ainda que a oposição precisa “saber perder” e “reconhecer o
resultado”.
O presidente do PT também criticou o
senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB, que
convocou um protesto contra Dilma neste sábado. “Ele imagina que a
campanha eleitoral continua. Prossegue no palanque. E uma mais provável é
que a derrota lhe subiu à cabeça, porque são tantas manifestações
despropositadas”.
Em relação às denúncias de
corrupção, ele atacou o financiamento privado de campanhas políticas e
defendeu que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal,
devolva o processo sobre o caso, em que o STF já decidiu por 6 a 1.
“Prefiro acreditar que ele está examinando com mais cautela, apesar de
já ter uma formação de maioria. E essa retenção funciona mais como
manobra protelatória. Vai ficar muito difícil ele continuar segurando
esse processo na mão.”
Crítica a Moro
Falcão também avalia que o juiz
Sergio Moro cometeu uma ilegalidade ao vazar trechos de duas delações
premiadas de executivos da construtora Toyo Setal antes de eventual
denúncia do Ministério Público. “Pela lei da delação premiada, você só
torna pública a delação premiada quando há denúncia formal”, afirmou. “De
repente, a pedido de um advogado de uma empreiteira, o juiz rompe o
sigilo de dois relatores para tentar nos comprometer, coisa que nós
negamos, porque todas doações que o PT recebe são legais. Tanto é que
sabem que a doação foi feita porque está declarado na prestação de
contas. Estou achando estranho também o rompimento do sigilo antes que
qualquer denúncia se efetive.” De acordo com Falcão, a conduta de Moro
tem permitido "uma manipulação política" do caso.
Em relação a 2018, ele voltou a
defender a volta de Lula, como fez no dia da vitória e de Dilma. “Essa
declaração teve um duplo sentido: primeiro, funcionou como elemento de
contenção e, ao mesmo tempo, um elemento de motivação em uma hora que as
dificuldades se afiguravam muito grande”, disse ele. “Continuo preferindo o Lula, desde que ele queira”.
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