247 - O PSB,
aparentemente, decidiu debochar da sociedade brasileira. Nesta segunda,
quando foi questionado sobre o avião fantasma utilizado por Eduardo
Campos e Marina Silva, o deputado Márcio França (PSB/SP) escancarou a
falta de argumentos para defender o que parece ser
indefensável. "Documento de avião você carrega no avião. Se estava no
avião, já não existem mais", afirmou.
Isso indica que a estratégia do PSB
parece a ser a de varrer o assunto para debaixo do tapete. Explica-se:
caso não consiga demonstrar de quem é o avião e como ele era pago pela
campanha, o partido estará sujeito à impugnação de sua candidatura.
A história é relativamente simples. O
antigo dono da aeronave, um usineiro falido, repassou o jatinho a
amigos de Eduardo Campos, que assumiram o pagamento de algumas parcelas
do leasing. Tais empresários, sem capacidade financeira para comprar um
jato de R$ 18,5 milhões, foram recusados pelo cadastro da Cessna,
fabricante da aeronave.
No entanto, pertencendo ao usineiro
ou aos amigos do ex-governador, o avião não poderia ser utilizado numa
campanha política, por não estar registrado numa empresa de táxi aéreo.
Daí o argumento de Marcio França sobre a possível destruição dos
documentos.
Ele também insinuou que Marina Silva não prestará grandes esclarecimentos. "Responder ela tem que responder, no limite da responsabilidade dela", disse ele. França disse
acreditar que Marina não tenha conhecimento sobre como foi feita a
negociação que colocou o avião à disposição de campanha.
Ao adotar essa posição, o PSB coloca
as vítimas do desastre, sejam eles ex-colaboradores de Campos ou
pessoas que perderam seus imóveis em Santos, a ver navios. O seguro não
será pago e ninguém se responsabilizará pelas indenizações e reparações
por danos materiais. Afinal, o documento estava no avião.
Um escárnio.
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