As famílias brasileiras pagaram, apenas em juros, nada menos que R$ 354,8 bilhões em juros, alta real de 17,9% em relação a 2016, e que corresponde a 10,8% de sua renda anual.
Isso, sem contar outros R$ 12o bilhões pagos pelas empresas que, certamente, foram embutidos no preço de bens e serviços consumidos (e pagos) pelas pessoas físicas.
Para o cidadão comum, não houve queda da taxa de juros efetiva, que subiu 4,4% em relação a 2016 e ficou, em média, em 67,8%.
Ou 17 vezes mais do que a taxa de inflação do período.
E essa média leva em conta as taxas mais baixas (consignados e imobiliário), mas não quer dizer que seja a taxa paga pela maioria, que é mesmo a do rotativo do cartão de crédito, em níveis estratosféricos.
São dados de uma associação patronal – a Fecomércio-SP – e dão uma mostra assustadora do quanto este país despende com o rentismo que é, sem dúvidas, a maior e mais pujante atividade econômica por aqui.
Não será possível mudar este quadro apenas baixando a taxas de juros pública, está provado na prática.
Os bancos captam dinheiro a taxas menores até que 10% ao ano, mas as catapultam para cinco, seis e até 50 vezes na hora de emprestar.
É por isso que o tão desejado rótulo de “candidato do mercado financeiro” deveria ser um rótulo de “inimigo dos brasileiros”.
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