Fernando Brito, do Tijolaço -
Então o Dr. Moro mandou soltar a cunhada de João Vaccari, Marice
Correa, que foi exposta em toda a mídia nacional por sua “imagem”
fazendo depósitos num caixa automático para sua irmã, Giselda.
É que Marice não era Marice, mas era Giselda, depositando seu próprio dinheiro na sua própria conta.
Mas, o mesmo Dr. Moro não tinha hesitado em prorrogar a prisão de
Marice, porque ela havia “mentido” ao dizer a verdade, que não tinha
depositado nada.
Durante dois dias ouviu-se o douto Ministério Público dizer – prepare
a risada – que grandes esquemas de lavagem de dinheiro se faziam com
depósito “picadinhos” (máximo de R$ 2 mil) em caixas automáticos,
aqueles do envelope.
E viu-se Sua Excelência manter a privação de liberdade de uma pessoa
porque “conforme fotos que o MPF apresentou em juízo, a semelhança de
fato é notável, o que levou este Juízo a afirmar que seria a mesma
pessoa”.
Segundo a Folha, foi peremptório: “O juiz chegou a afirmar que os
vídeos “não deixavam qualquer margem para dúvida” e acusava Marice de
“faltar com a verdade flagrantemente”
Uma simples pergunta desmonta tudo: se os bancos gravam seus caixas
automáticos para terem segurança de quem efetua a operação, desde quando
fazem isso com as pessoas “de costas” ou lhes aparecendo apenas “o
cocoruto”. Todos os caixas tem câmaras frontais, no próprio terminal,
Dr. Moro, o senhor nunca usou um?
É só ter indagado dos promotores onde estavam estas imagens frontais.
Simples assim.
Mas o direito das pessoas que caiam sob a vara do Dr. Moro não
merecem cuidados, a menos que queiram sair negociando para delatar.
Fora daí, todo mundo em cana.
Como deixam claras as palavras do juiz, é como na história do lobo: se não foi você, foi seu pai, seu tio, seu avô.
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