Da Folha de S.Paulo – Cláudia Rolli
A
CUT já programa novos protestos e paralisações no país, além de
discutir uma greve geral, em reação à aprovação na noite desta
quarta-feira do projeto de lei que amplia a terceirização nas empresas.
O projeto segue agora para votação do Senado, onde a central promete fazer pressão para barrar o projeto de lei 4.330.
A
terceirização só era permitida até agora nas atividades de apoio de uma
empresa - como serviços de limpeza, alimentação e vigilância.
No
dia 15 de abril, a central comandou uma série de protestos no país
contra o projeto por entender que as empresas substituirão trabalhadores
contratados por meio da CLT - com garantia de mais direitos e maior
proteção social - por trabalhadores com menos benefícios.
A ampliação da terceirização foi aprovada por 230 deputados favoráveis à emenda, sendo que 203 votaram contra.
"O
PT apresentou um proposta que impedia terceirização nas atividades fim
(essenciais), mas ela não foi sequer apreciada", informou a central em
nota.
Para
a CUT, outro ponto aprovado que prejudica o trabalhador é a emenda que
reduz de 24 para 12 meses o tempo de quarentena que o ex-funcionário de
uma empresa deve cumprir para que possa prestar serviços por meio de uma
terceirizada.
"A
luta não acaba com a votação na Câmara, o projeto ainda passará no
Senado. Nós estaremos na rua e teremos um 1º de Maio de muita luta e
mobilização em todo o país", disse Vagner Freitas, presidente da
central.
"Vamos
ampliar as mobilizações, fazer novos dias de paralisações e, se
necessário, uma greve geral para barrar esse ataque nefasto e criminoso
aos direitos da classe trabalhadora brasileira", completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário