A presidente Dilma Rousseff escolheu o jurista Luiz Facchin, do
Paraná, para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Fachin sempre
foi ligado ao PT e sua indicação é uma tentativa de Dilma se reaproximar
dos movimentos sociais.
A indicação do novo ministro do Supremo ainda terá de passar por uma
sabatina no Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL),
apoiava a indicação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), Marcus Vinícius Coêlho. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) conversou
muito com Renan, nos últimos dias, sobre as “qualidades” de Fachin.
A novela da escolha do 11º integrante do Supremo durou quase nove
meses, desde a saída de Joaquim Barbosa, que presidia a Casa. “Foi o
tempo de uma gestação”, disse um auxiliar de Dilma.
Durante meses, num processo de idas e vindas, constaram da lista dos
favoritos o tributarista Heleno Torres, o jurista Clèmerson Clève, e os
ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão,
Benedito Gonçalves, Herman Benjamin e Mauro Campbell.
O jurista Luiz Fachin, do Paraná, sempre foi bem visto no Planalto,
mas desagravava ao PMDB, partido que comanda o Senado e também a Câmara.
Dilma chegou a ser acusada de “omissão” pela demora na escolha do
ministro do Supremo. Ela adiou ao máximo a decisão para esperar um
momento de menos turbulência no Senado, por causa da crise política que
atravessa o governo.
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