Agência Brasil (São Paulo) – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal
(IPC-S) atingiu 0,93%, na segunda prévia de abril (encerrada em 15 de
abril), taxa 0,29% menor do que a registrada na apuração anterior
(fechada em 7 de abril), quando os preços subiram em média 1,22%.
O IPC-S, que constitui levantamento feito pelo Instituto Brasileiro
de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), permite verificar
com agilidade mudanças de curso na trajetória dos preços: leva em conta a
média dos preços coletados nas quatro últimas semanas, período iniciado
em 16 de março e e encerrado em 15 de abril.
Cinco dos oito grupos pesquisados tiveram redução no ritmo de
aumento: o que mais contribuiu para diminuir o impacto inflacionário foi
habitação, com alta de 2,08%. Na apuração anterior, esta classe de
despesas apresentou elevação de 3,31%. Do grupo habitação, o item que
mais contribuiu para a redução do ritmo de crescimento da taxa foi a
tarifa de eletricidade residencial, que passou de 17,44% para 10,02%.
No grupo alimentação, o índice variou 0,97%, abaixo do registrado na
primeira prévia do mês (1,05%). Em transportes, houve alta de 0,19%,
menor do que no último levantamento (0,31%). E, em despesas diversas, a
taxa ficou em 0,57%, também abaixo da medição passada (0,70%).
Houve queda acentuada em comunicação que passou de -0,01% para
-0,07%. Foi registrado ainda um recuo de 0,26%,em vestuário, mas essa
baixa foi menos intensa do que a verificada na última pesquisa, quando
os artigos deste segmento ficaram 0,51% mais baratos.
Nos grupos restantes, ocorreram avanços: educação, leitura e
recreação (de -0,24% para 0,27%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,72%
para 0,91%).
Os cinco itens que mais pressionaram o IPC-S foram: tarifa de
eletricidade residencial (10,02%); condomínio residencial (2,23%);
refeições em bares e restaurantes (0,81%); leite tipo longa vida (5,51%)
e aluguel residencial (0,72%). Entre os que mais colaboraram para frear
a alta média dos preços estão os seguintes: batata-inglesa (-10,61%);
automóvel usado (-0,88%); tarifa de telefone residencial (-0,71%);
massas preparadas e congeladas (-2,35%) e cenoura (-8,45%).
O IPC-S baseia-se em um sistema de coleta quadrissemanal, com
encerramento em quatro datas pré-estabelecidas (07, 15, 22 e 31). Apesar
de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta
a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de
fechamento, nas seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.
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