Morreu na manhã deste domingo (12), aos 90 anos, o ministro
aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-senador e ex-deputado
gaúcho Paulo Brossard. Ele enfrentava problemas de saúde desde o ano
passado, mas o quadro se agravou em fevereiro deste ano. O jurista
faleceu em sua casa, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, cercado da
família, que não forneceu detalhes sobre as causas da morte.
Paulo Brossard nasceu em 23 de outubro de 1924, em Bagé, no interior
do Rio Grande do Sul. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1947. Nos anos seguintes, advogou e atuou
como professor universitário. Em outubro de 1954, foi eleito deputado
estadual, filiado ao Partido Libertador (PL), e depois reeleito duas
vezes. Em novembro de 1966, tornou-se deputado federal por uma
sublegenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que fazia oposição
ao governo militar. Com o final do mandato, retornou a Porto Alegre.
Em 1974, quando o MDB surpreendeu os militares ao conquistar 16 das
22 vagas em disputa no Senado, Brossard foi eleito senador pelo Rio
Grande do Sul e consolidou-se como uma das principais lideranças de
oposição ao regime militar. Nos anos seguintes, envolveu-se na luta pela
reforma constitucional, abolição do Ato Institucional número 5 e
redemocratização do País. Entre 1986 e 1989, exerceu a função de
ministro de Estado da Justiça. Brossard foi nomeado ministro do STF pelo
presidente José Sarney em março de 1989. Em junho de 1992, assumiu a
presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao se aposentar, em
outubro de 1994, retomou as atividades como advogado.
Brossard era casado, desde 1950, com Lúcia Alves Brossard de Souza
Pinto, com quem teve três filhos. O governador do Rio Grande do Sul,
José Ivo Sartori (PMDB), divulgou uma nota lamentando a morte do jurista
e decretando luto oficial por três dias no Estado. O corpo de Brossard
será velado no Palácio Piratini, sede do Executivo gaúcho.
(Fonte: Estadão Conteúdo
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