De Marisa Gibson, na sua coluna deste domingo no Diario de Pernambuco
Com
a mesma desenvoltura com que tomou café da manhã, na semana passada,
com o governador Paulo Câmara (PSB), o senador Fernando Bezerra Coelho
(PSB) já manteve longas conversas com o ministro da Casa Civil, Aloizio
Mercadante (PT), entre outras lideranças nacionais, e foi dele a
ingerência junto ao ex-ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT,
para colocar o deputado federal Wolney Queiroz (PDT) no comando
estadual do PDT, passando à frente do ministro Armando Monteiro Neto
(PTB), que tinha um nome para este posto. Wolney Queiroz tem uma relação
fraternal com Fernando Bezerra Filho, líder do PSB na Câmara dos
Deputados, e essa amizade foi fundamental para o senador interceder a
favor do pedetista.
Esses
movimentos mostram que Bezerra Coelho é um animal político rosnando
alto e com muita sede em busca de um partido para chamar de seu e que é
dele o xadrez de 2015. Essa é a leitura que vem sendo feita por aliados e
adversários dos gestos de Bezerra Coelho, que poderá ingressar sem
pressa – tem até setembro de 2017 para isso – no PDT, partido que busca
uma nova roupagem, tendo atraído inclusive a atenção de Cid Gomes,
ministro da Educação, e de ACM Neto, prefeito de Salvador.
O
senador nega que vá disputar 2018, mas são muitos os que o apontam como
eventual candidato a governador. E, para que isso aconteça, não pode
ser pelo PSB, o seu partido, que tem Paulo Câmara para disputar a
reeleição ou até mesmo o prefeito Geraldo Julio. O voo de Bezerra Coelho
só será possível, portanto, em outra legenda. Bem, para concorrer ao
governo do Estado, qualquer candidato tem que eleger prefeitos e as
eleições municipais do próximo ano serão um termômetro do apetite do
senador. Aliados e correligionários de Bezerra Coelho, que tem cerca de
15 prefeitos, podem desaguar no PDT de Wolney Queiroz e, para quem vai
disputar 2016, o prazo de filiação é setembro deste ano
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