Da FolhaPress
O ministro da Saúde, Arthur Chioro,
afirmou nesta quinta-feira (26) que o Mais Médicos irá continuar e que,
ao fim do período de participação no programa, os estrangeiros que hoje
atuam nas unidades de saúde devem começar a ser substituídos por
brasileiros em novos processos de seleção.
“O programa veio para ficar, e vai se
consolidar dessa maneira. A tendência é uma progressiva substituição dos
médicos estrangeiros pelos brasileiros”, afirma.
A afirmação ocorreu após anúncio, em
reunião com secretários de saúde, do resultado das inscrições para a 2ª
chamada do programa, que passou por mudanças neste ano. Desde o
lançamento, o Mais Médicos é alvo de críticas de entidades médicas
devido à participação de estrangeiros sem revalidação do diploma.
Das 835 vagas restantes disponíveis na
2ª chamada, apenas 85, em 47 municípios, ainda não foram ocupadas. A
maior parte localiza-se em municípios mais afastados e na região Norte,
afirma.
Isso significa que, do total de 4.146
vagas ofertadas após a ampliação do programa, 4.061 já foram
preenchidas. As vagas ainda disponíveis irão para a terceira chamada,
ainda com prioridade para brasileiros.
Os médicos que se inscreveram na nova
chamada, no entanto, ainda precisam se apresentar à prefeitura dos
municípios para confirmar a participação. Caso ainda sobrem vagas, o
processo de seleção será aberto para brasileiros formados no exterior e,
em seguida, para estrangeiros.
Para Chioro, o recorde de inscrições de brasileiros pode fazer com
que não seja necessário um novo convênio com a Opas (Organização
Pan-americana de saúde), responsável pela vinda dos médicos cubanos ao
país. Hoje, os médicos cubanos respondem por 79% do total de
profissionais que já atuam no Mais Médicos. “É muito pouco provável que
não completemos todas essas vagas com brasileiros. Desta vez não vai
chegar a Opas”, afirma.
Ainda segundo o ministro, a tendência é
que os estrangeiros sejam substituídos por brasileiros assim que mais
vagas forem abertas -neste ano, o processo de seleção passará a ocorrer a
cada três meses. Anteriormente, não havia prazo determinado.
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