Gisele Federicce, 247 – O vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães (PT-CE), rebateu nesta quarta-feira 21 o artigo publicado
pelo ex-governador Alberto Goldman. No texto, o vice-presidente do PSDB
volta a defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que
chama de "transição democrática".
"Ele devia saber que a democracia brasileira é sólida e não vai
permitir esses atalhos autoritários", respondeu o petista, em entrevista
ao 247. Guimarães lamentou que de "defensor das liberdades" – o tucano
lutou contra a ditadura militar e foi membro do Partido Comunista
Brasileiro – Goldman tenha se tornado um crítico da democracia.
"É preciso primeiro saber se é opinião pessoal dele ou do PSDB. Para
uma pessoa que, no passado, foi um defensor das liberdades e da
democracia como ele foi, [a nova posição] é de uma leviandade e de um
afastamento desse legado sem precedentes", comparou o dirigente petista.
Quanto à questão colocada por Goldman sobre como Dilma irá resistir a
mais quatro anos no poder "em um quadro de superação difícil, se não
impossível", o deputado do PT ressalta: "Bobagem. A Dilma está
respaldada por 54 milhões de brasileiros, tem o mandato dado por
brasileiros e brasileiras. Não é uma revista do PSDB que vai dizer se
ela tem ou não moral".
"São vozes golpistas e vozes do além. Protagonistas do caos. Ganha-se
eleição disputando ideias e programas. A sociedade recusou o programa
neoliberal dele (Aécio Neves)", acrescentou Guimarães. "Não aceitaremos
essa incursão autoritária desse dirigente", assegurou, em referência a
Goldman.
Apagão
Sobre a ofensiva oposicionista na questão energética, que tem
colocado em Dilma a responsabilidade pelo que chama de crise no setor,
Guimarães afirmou que "não há crise nem de geração nem de transmissão de
energia".
Ele lembrou que "o apagão do [governo] FHC foi por conta da falta de
linha de transmissão. Não fizeram nenhum investimento", criticou. E
disse que o PSDB "não é alternativa e muito menos tem autoridade para
falar de apagão no governo Dilma".
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