Azedou o
clima entre a presidente Dilma Rousseff e ex-atacante Ronaldo, que em
entrevista concedida nesta sexta-feira, disse estar envergonhado com os
problemas da má organização para a Copa do Mundo. Sem citar o jogador,
com quem há alguns meses fez um bate-bola no Twitter para promover o
evento, a presidente respondeu afirmando que o Brasil não tem complexo
de vira-lata. Aproveitando o palanque do PCdoB, em discurso de campanha,
a presidente disse que o governo brasileiro tomou todas as medidas
necessárias para a realização dos jogos.
— O nosso
país fará a Copa das Copas. Não temos do que nos envergonhar. Não temos
complexo de vira-lata — reagiu Dilma, que também afirmou que seus
adversários vão voltar ao passado e colocar o país de joelhos.
As respostas
da presidente foram dadas durante sua participação no 17º Congresso da
União da Juventude Socialista (UJS), que reuniu 3 mil jovens militantes
em Brasília. Os presentes cobraram a revisão da Lei de Anistia, com
punição aos torturadores.
Durante o
evento, Dilma disse lembrar dos tempos difíceis da juventude. Mas ela
declarou que eles tinham rumo e sabiam o queriam para o país. A
presidente aproveitou para alfinetar os adversários Aécio Neves (PSDB) e
Eduardo Campos (PSB), sem citá-los
ALFINETADAS EM EDUARDO E AÉCIO
— Quanto mais
nos aproximarmos da campanha eleitoral, mais será charmoso falar da
juventude do Brasil. Mesmo os que não fizeram nada pela juventude do
nosso país. Mesmo aqueles que já nasceram velhos vão se empenhar. Quero
falar com vocês, onde eles estavam? — cobrou Dilma, ao listar as ações
do governo petista na educação, voltada para os jovens.
A presidente
perguntou onde estavam os adversários quando o PT criou o Prouni,
estatuto da juventude, Reuni, o Enem, Sisu, Pronatec, sistema de cotas
para nas universidades e o aumento dos investimentos na educação que,
segundo ela, cresceram 223% entre 2002 e 2014. Segundo Dilma, o
orçamento da Educação pulou de R$18 bilhões em 2002 para R$ 112 bilhões
neste ano.
— Onde
estavam eles quando o governo conseguiu destinar 75% dos royalties do
petróleo para a Educação? — perguntou Dilma inúmeras vezes durante o
discurso.
Ela citou ainda o marco civil da Internet, e reafirmou que não permitirá o retorno ao passado.
— Não deixaremos passar o atraso por porta nenhuma — discursou a presidente, insistindo que é a sua agenda que é para o futuro.
No discurso
marcadamente em tom de campanha, Dilma disse que ela é a opção das
mulheres, dos negros, dos excluídos, dos pobres e “dos que mais sofrem”.
— Os que
querem voltar vão tomar medidas impopulares, o arrocho salarial,
desemprego e recessão. estamos aqui para dizer que não voltarão! (De O
Globo - Geraldo Doca)
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