Dados indicam que a melhora na qualidade e no número de empregos são os responsáveis
Agência Brasil
O salário médio mensal pago pelas empresas e outras organizações
apresentou aumento real de 10,1% entre 2009 e 2012. O crescimento real
se deu em todos os anos, tendo fechado 2012 com alta de 2,1% (para R$
1.943,16), em relação a 2011, quando o salário médio real já havia
subido 4,7%.
Os dados fazem parte da pesquisa Cadastro Central de Empresas (Cempre),
que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está
divulgando nesta quarta-feira (28), com informações cadastrais e
econômicas de empresas e outras organização formalmente constituídas no
país.
Os dados indicam também que a melhora na qualidade e no número de
empregos fez com que o total de salários e outras remunerações pagos por
empresas e organizações, entre 2008 e 2012, acumulasse crescimento de
35,3% e se desse em todos os anos analisados pela pesquisa. Em 2012,
esse aumento foi 7,1%.
Em entrevista à Agência Brasil, o gerente da pesquisa, Bruno Erbisti
Garcia, disse que o crescimento real do total de salários pagos é
consequência direta da melhoria da qualidade e do número de pessoas
ocupadas. “Cresce o número de pessoas empregadas e cresce também a média
salarial. É um crescimento que tem ocorrido nos últimos anos, aconteceu
de forma bem expressiva de 2010 para 2011, em 2012 esse crescimento foi
menor, porém o salário médio real ainda continua crescendo – tanto no
emprego quanto na média salarial”.
Garcia ressaltou que nos últimos quatro anos tem havido crescimento real
na massa de salário pago, na comparação anual. “Há também uma tendência
de aumento na qualificação do emprego e uma equalização maior entre
homens e mulheres no mercado de trabalho”, disse.
O aumento de 10,1% na média mensal do salário, de 2008 a 2012, ocorreu
nas 20 seções observadas na pesquisa do IBGE, com destaque para as
atividades das indústrias extrativas (44,5%), a saúde humana e os
serviços sociais (21,3%) e a construção (20,5%)
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