segunda-feira, 5 de maio de 2014

Clima de revolta e surpresa onde um dos suspeitos de ter matado torcedor mora


1c8d7abe7193359713ff02945d79f76e.jpgDo NE10- A notícia da detenção de um dos suspeitos de ter atirado o vaso sanitário que matou o torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, após jogo do Santa Cruz 1x1 Paraná, no Estádio do Arruda, na última sexta-feira (2), deixou os moradores de Ouro Preto, em Olinda, no Grande Recife, num misto de surpresa e revolta. O rapaz de 23 anos foi preso em uma escola particular do bairro, onde trabalha como agente administrativo.
A empregada doméstica Raqueline da Silva conta que viu momento da prisão do suspeito. Ela tinha ido pagar contas quando passou em frente à escola, localizada no centro comercial de Ouro Preto, onde três policiais à paisana abordaram o homem. Após voz de prisão, o Gati também apareceu no local para levá-lo para prestar depoimento. Uma professora que trabalhava com o suspeito no colégio saiu em defesa do colega e disse que ele é um "menino muito bom". Um dos policiais apenas respondeu que "as imagens do dia no Arruda entregava ele como suspeito", relatou a doméstica.
O professor de educação física Luiz Henrique de Oliveira conhece o rapaz e disse que, há poucos dias, conversou com ele sobre a atuação das torcidas organizadas. "Ele é uma pessoa calma e trabalhadora, mas estava envolvido com a torcida organizada da Coral. Semana retrasada conversamos sobre a violência no futebol e ele concordou comigo que não havia necessidade disso", disse ainda surpreso com a detenção do jovem, que já foi seu aluno.
Em entrevista ao NE10, alguns colegas de trabalho do suspeito que não quiseram revelar o nome afirmaram que direção, professores e alunos da escola estão em choque. "Porque ele é um ótimo profissional e um bom rapaz". A direção da instituição de ensino evitou dar declarações à imprensa.
Entre as pessoas que não conhecem o rapaz, o sentimento é de revolta. "É difícil de acreditar que um monstro desse seja daqui do bairro. Merece pena máxima, se for comprovada a sua culpa", disse uma moradora que preferiu não se identificar.

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