247 – Uma pesquisa encomendada pelo governo federal mostrou ontem que a presidente Dilma Rousseff tem 43% das intenções de voto, noticiou hoje no
Twitter o colunista Ricardo Noblat, do Globo. O percentual daria à
candidata do PT à reeleição vitória no primeiro turno, uma vez que
estaria bem à frente de seus adversários, o senador Aécio Neves (PSDB) e
Eduardo Campos (PSB), que deixou o governo de Pernambuco nesta
quinta-feira.
O resultado é o mesmo apontado pela última pesquisa Ibope de intenção
de noto, divulgada no dia 20 de março. Nela, Dilma aparecia com 43%,
enquanto Aécio teve 15% e Campos, 7%. O resultado do levantamento do
governo é positivo para Dilma, que não apresentou queda desde então.
Neste sábado 5, o Datafolha divulga uma nova mostra, agora já com a
repercussão da crise da Petrobras no Congresso.
Abaixo, reportagem anterior do 247 sobre a pesquisa preparada pelo
Datafolha, que traz um formato de perguntas feito sob medida contra
Dilma:
Datafolha foi feito sob medida contra Dilma
A pesquisa Datafolha que será divulgada neste fim de
semana deve apontar queda da presidente Dilma Rousseff e alta dos
oposicionistas Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB. O motivo
para isso é a própria estrutura do questionário preparado pelo
Datafolha, que foi obtido pelo 247.
Uma análise linguística demonstra que o questionário gera uma
percepção de mal-estar nos entrevistados, segundo análise do site
Mudamais.com.
A intenção de voto para presidente da república é abordada em oito
questões. No entanto, antes disso, são colocadas quatro sobre a
percepção do governo Dilma, três sobre a percepção do país atual, sete
sobre a percepção da economia, quatro sobre violência, duas sobre a Copa
do Mundo, uma sobre os protestos de junto, cinco sobre a questão da
refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras, cinco sobre a percepção
de emprego e três sobre a falta de chuvas e o abastecimento de água e
energia – neste caso, com um detalhe: embora São Paulo esteja à beira de
um racionamento de água, o problema é apresentado como federal, capaz
de produzir apagões.
Segundo o professor Dioney Moreira Gomes, do Departamento de
Linguística da Universidade de Brasília, a sequência e os termos usados
na pesquisa do instituto Folha, de Otávio Frias Filho, demonstração
tendenciosidade e o desejo de produzir um resultado: queda da presidente
Dilma, alta dos oposicionistas.
Veja aqui o formato das perguntas.
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