247 – A adesão às Marchas da Família com Deus
Pela Liberdade, realizadas neste sábado 22 em algumas capitais,
classifica o movimento em defesa de uma intervenção militar no País como
um verdadeiro fiasco. Os atos acontecem 50 anos depois do movimento que
antecedeu o golpe militar em 1964.
Belo Horizonte, em Minas, reuniu cinco manifestantes; Florianópolis,
em Santa Catarina, três; Recife, em Pernambuco, seis; e Natal, no Rio
Grande do Norte, nove. Em Belém (Pará), as vinte pessoas que posaram
para registrar o protesto deixaram a bandeira do Brasil de cabeça para
baixo (confira aqui).
Em São Paulo, a adesão foi maior: cerca de 700 pessoas, mesmo número
de participantes de uma marcha contra o golpe. A presença de policiais
que trabalharam no ato que defendeu os militares, no entanto, era tão
grande que o evento mais se pareceu com uma reivindicação da categoria.
No Rio, foram cerca de 150 pessoas, responsáveis pela principal notícia
do dia sobre o tema: um confronto com militantes contra o regime.
No Twitter e no Facebook, onde usuários publicam dezenas de fotos das
marchas em suas cidades, os movimentos já ganharam o apelido de "Murcha
da Família" ou então uma definição que caracteriza muito bem o
movimento minguado, feita pelo usuário @cellso89: "a Marcha da Família começou em marcha lenta e terminou em marcha ré".
"Intervenção militar já!", "o Brasil exige: Ordem e Progresso",
"Socorro, forças" e "eleição não, intervenção sim" foram alguns dos
cartazes levantados sobre o golpe. O deputado federal Jair Bolsonaro
(PP-RJ) compareceu à marcha do Rio de Janeiro, mas não se posicionou a
favor do pedido de intervenção militar, por entender que isso
descaracteriza o movimento. "Estou aqui como um patriota", disse o
parlamentar.
Os manifestantes da capital paulista, que tinham expectativa de
refazer o percurso da primeira edição do evento – da Praça da República
até a Praça da Sé – gritaram, por vezes, "fora, Dilma", e entoaram
melodias pedindo a prisão da presidenta e a volta dos militares: "Um,
dois, três, quatro, 5 mil, queremos os militares protegendo o Brasil", e
"um, dois, três, Dilma no xadrez".
Com informações da Agência Brasil
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