O
apresentador Luciano Huck está conhecendo a decadência antes de viver
seu apogeu político. Neste domingo, uma reportagem especial da Folha de
S. Paulo (leia aqui)
aborda a queda do seu Caldeirão, que foi de 14 pontos, em 2011, para 12
em 2013 – uma audiência baixa para os padrões globais. Diante dos
números ruins, o diretor Boninho, filho do lendário Boni, foi chamado
para resgatar a atração e Huck falou à jornalista Keila Jimenez. 'Vai
ter menos chororô', disse o apresentador, numa referência aos quadros
assistencialistas que lhe renderam a fama de 'bom-moço'.
A
fórmula do programa parece ter cansado os telespectadores, mas esse
suposto 'bom-mocismo' fez com que Huck acalentasse sonhos políticos e
fosse cortejado por partidos – especialmente o PSDB. Alguns anos atrás,
duas capas casadas de revistas da Abril, Veja e Alfa, apontaram seu nome
como uma possibilidade de renovação política para os tucanos – Alfa
chegava às raias do absurdo ao tratá-lo como 'salvador da pátria'
(relembre aqui )
Mais
recentemente, Huck se revelou um mestre na arte de fazer amigos
poderosos e inflluentes. A começar pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa. Nesse relacionamento, contratou Felipe
Barbosa, filho do ministro para o seu Caldeirão (leia aqui), e também conseguiu que Barbosa prestasse um depoimento em homenagem a seu pai, o advogado Hermes Huck (leia aqui).
Dividindo
o tempo entre a televisão, os relacionamentos e a política, Huck também
cometeu alguns deslizes, ao comentar temas de interesse público nas
redes sociais. Num determinado dia, foi ao Twitter e pediu um sistema de
saúde 'descente' (relembre aqui). Em outro episódio, foi detido num blitz, recusou o teste do bafômetro e perdeu a carteira (leia aqui).
Agora,
com as mudanças no Caldeirão, Huck terá que entregar resultados. 'Estou
saindo da minha zona de conforto: vem aí uma mudança radical na
mentalidade do programa', diz ele. 'Não
sou assistencialista, não quero fazer drama com sofrimento alheio.
Quero contar histórias que toquem, que inspirem. Estou rebalanceando o
'Caldeirão'. Ninguém quer namorar um cara que só te faz chorar, tem que
te fazer de rir. Vamos investir mais em games no palco', afirma.(do blog de magno martins)
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