segunda-feira, 24 de março de 2014

Huck chega à decadência antes do apogeu político

  O apresentador Luciano Huck está conhecendo a decadência antes de viver seu apogeu político. Neste domingo, uma reportagem especial da Folha de S. Paulo (leia aqui) aborda a queda do seu Caldeirão, que foi de 14 pontos, em 2011, para 12 em 2013 – uma audiência baixa para os padrões globais. Diante dos números ruins, o diretor Boninho, filho do lendário Boni, foi chamado para resgatar a atração e Huck falou à jornalista Keila Jimenez. 'Vai ter menos chororô', disse o apresentador, numa referência aos quadros assistencialistas que lhe renderam a fama de 'bom-moço'.
A fórmula do programa parece ter cansado os telespectadores, mas esse suposto 'bom-mocismo' fez com que Huck acalentasse sonhos políticos e fosse cortejado por partidos – especialmente o PSDB. Alguns anos atrás, duas capas casadas de revistas da Abril, Veja e Alfa, apontaram seu nome como uma possibilidade de renovação política para os tucanos – Alfa chegava às raias do absurdo ao tratá-lo como 'salvador da pátria' (relembre aqui )
Mais recentemente, Huck se revelou um mestre na arte de fazer amigos poderosos e inflluentes. A começar pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Nesse relacionamento, contratou Felipe Barbosa, filho do ministro para o seu Caldeirão (leia aqui), e também conseguiu que Barbosa prestasse um depoimento em homenagem a seu pai, o advogado Hermes Huck (leia aqui).
Dividindo o tempo entre a televisão, os relacionamentos e a política, Huck também cometeu alguns deslizes, ao comentar temas de interesse público nas redes sociais. Num determinado dia, foi ao Twitter e pediu um sistema de saúde 'descente' (relembre aqui). Em outro episódio, foi detido num blitz, recusou o teste do bafômetro e perdeu a carteira (leia aqui).
Agora, com as mudanças no Caldeirão, Huck terá que entregar resultados. 'Estou saindo da minha zona de conforto: vem aí uma mudança radical na mentalidade do programa', diz ele. 'Não sou assistencialista, não quero fazer drama com sofrimento alheio. Quero contar histórias que toquem, que inspirem. Estou rebalanceando o 'Caldeirão'. Ninguém quer namorar um cara que só te faz chorar, tem que te fazer de rir. Vamos investir mais em games no palco', afirma.(do blog de magno martins)

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