Por Mariana Araújo
Do Jornal do Commercio
Do Jornal do Commercio
O vice-governador João Lyra (PSB), que
assume a cadeira do Executivo estadual em 4 de abril, estaria sendo
cortejado pela presidente Dilma Rousseff (PT). Com um visível
desconforto gerado entre Lyra e Eduardo Campos (PSB), o cenário é
favorável para a aproximação entre Dilma e Lyra, atraindo um aliado para
a presidente. Petistas asseguram que o vice-governador já solictou uma
audiência com Dilma e que a presidente se mostrou disposta a recebê-lo.
Segundo o senador Humberto Costa (PT),
Pernambuco continuará sendo uma prioridade para Dilma, mesmo diante do
rompimento político com Eduardo Campos. “Ela (Dilma) já deixou claro que
pretende ter a melhor relação possível com o governador João Lyra
quando ele assumir. A presidente está plenamente disposta a continuar
fazendo todas as parcerias que já fez com Pernambuco. O Estado vai
continuar tendo o apoio maciço e integral do governo Dilma para esses
oito meses de governo de João Lyra”, disse o parlamentar.
Um encontro entre Dilma e João Lyra está
sendo articulado. “Ela inclusive tem interesse de poder se encontrar
com ele o mais rapidamente possível e poder dizer isso, que fique
tranquilo, as parcerias vão continuar sendo feitas na mesma proporção”,
acrescentou Humberto Costa.
Ainda segundo o senador, mesmo tendo
feito parte dos oito anos do governo Eduardo Campos, antes um aliado e
agora um opositor, a presidente Dilma deixará de lado as atuais
desavenças políticas. “Qualquer coisa que Pernambuco precise vai ter
nela uma presidente preocupada em priorizar as questões nossas,
independente do partido a qual pertença o governador ou a posição do PSB
à candidatura dela”, completou Humberto Costa.
Há a expectativa que Dilma venha a
Pernambuco em abril para cumprir uma agenda administrativa, de
inaugurações e assinaturas de ordens de serviço. Essa semana, a
presidente já esteve no Ceará e recentemente foi a Alagoas. Mas a visita
a Pernambuco pode ter sido adiada para evitar um encontro com Eduardo
Campos e, eventualmente, a presença dos dois no mesmo palanque.
Do lado do vice-governador, pessoas
ligadas a ele afirmaram desconhecer a aproximação com a presidente, mas
que, do lado administrativo, não consideram improvável um encontro entre
os dois. Afinal, Lyra irá assumir o governo e precisa tomar
conhecimento de projetos que estão sendo tocados em parceria,
inteirando-se de repasses do governo federal. Tais interlocutores não
enxergam o encontro como uma aliança política.
A aproximação com Dilma Rousseff pode
ser a salvação para João Lyra conseguir mais recursos e dar a sua cara à
curta gestão que terá pela frente, já que Eduardo Campos irá lhe passar
um estado livre de dívidas complicadas, mas com um orçamento enxuto
para novos investimentos.
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