Do UOL, em Brasília
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou nesta sexta-feira (28) um
aumento no valor repassado aos médicos cubanos contratados pelo programa
Mais Médicos. Eles passarão a receber, a partir de março, um total de
US$ 1.245, ou cerca de R$ 3.000 líquidos. Hoje, o valor recebido é de
US$ 1.000, ou cerca de R$ 2.350.
Outra mudança anunciada diz respeito aos valores que ficam,
efetivamente, com os profissionais no Brasil. Pelas regras até então
vigentes, os médicos só tinham acesso a US$ 400 e os demais US$ 600 eram
retidos pelo governo cubano. Agora, os médicos receberão esses US$ 600
em mãos, além de um aumento de US$ 245.
O ministro disse que a
modificação atende a determinação da presidente Dilma Rousseff, e negou
que o governo brasileiro tenha feito a mudança por pressão. "Não
sofremos nenhum tipo de pressão, o que houve foi uma necessidade de
aprimorar o sistema, como a identificação do alto custo de vida no
Brasil."
Segundo ele, a negociação já estava em curso antes de
ele assumir a pasta, no início deste mês, e "mobilizou um esforço grande
do governo, com o envolvimento de vários ministérios e também da Opas
[Organização Panamericana de Saúde, que faz a intermediação entre os
governos brasileiro e cubano]". Também houve, de acordo com o ministro,
uma "boa vontade" do governo de Cuba.
O representante da Opas no
Brasil, Joaquim Molina, também participou da coletiva de imprensa,
feita em Brasília. Ele fez coro ao ministro, dizendo que o programa é
algo "dinâmico" e, que, portanto, é normal que precise de ajustes.
Chioro negou também que esse aumento vá representar um gasto a mais
para o Brasil. "Não tem nenhum centavo a mais do governo brasileiro, é o
mesmo recurso que agora passa a ser transferido [para o profissional]
pelo governo cubano. O que houve foi uma negociação da presidente Dilma
com o governo cubano", afirmou Chioro.
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