247 - O presidente da CUT, Vagner Freitas,
rebateu nesta sexta-feira 28, por meio de nota, as acusações que
serviram como base para que o juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções
Penais (VEP) do Distrito Federal, determinasse a suspensão dos
benefícios de Delúbio Soares, inclusive o de trabalho externo. O
ex-tesoureiro do PT, que cumpre pena na Penitenciária da Papuda, em
Brasília, trabalha durante o dia na central sindical.
Na nota, Freitas afirma que "em nenhum momento" foram solicitados e
obtidos "quaisquer privilégios" para os trâmites da contratação de
Delúbio. O carro da CUT, que todos os dias busca o petista no presídio,
nunca entrou no pátio da unidade, como provam as fotos "amplamente
publicadas" pela imprensa, informa ainda o comunicado. A entidade também
esclarece que nunca um dirigente da CUT entrou em qualquer unidade do
presídio para se reunir com Delúbio.
Abaixo, a íntegra da nota da CUT:
Nota pública da CUT
Central defende o direito inalienável ao trabalho do Sr. Delúbio Soares, nos termos do direito, da legislação pertinente e do que foi estabelecido na concessão
Central defende o direito inalienável ao trabalho do Sr. Delúbio Soares, nos termos do direito, da legislação pertinente e do que foi estabelecido na concessão
Tendo em vista as decisões tomadas pelo juiz Bruno Ribeiro,
da Vara de Execuções Penais (VEP) de Brasília no dia de ontem, a Central
Única dos Trabalhadores (CUT), vem a público esclarecer que quando do
oferecimento de emprego ao Sr. Delúbio Soares de Castro, cumprimos
rigorosamente todos os trâmites e prazos legais estabelecidos pelo Sr.
juiz responsável pela VEP. Em nenhum momento, solicitamos ou obtivemos
quaisquer privilégios para a realização dos trâmites que culminaram na
sua contratação como assessor da nossa Central.
A partir da sua contratação, a CUT tem cumprido rigorosamente com
todos os compromissos assumidos perante à VEP, inclusive
disponibilizando o devido transporte para que ele possa se deslocar
cumprindo com folga os horários estabelecidos. Assim como o Sr. Delúbio
vem cumprindo com suas obrigações de trabalho, nos termos que foi
proposto pela CUT e concedido pelo magistrado.
Em nenhum momento, o carro da CUT entrou nas dependências do Centro
de Progressão Penitenciária de Brasília/DF para buscá-lo e levá-lo, bem
como nunca efetuamos quaisquer solicitações, seja em caráter formal ou
informal, para que tivéssemos acesso às dependências internas do CPP.
Como se pode verificar das inúmeras fotos dos assessores e/ou
funcionários, amplamente publicadas e divulgadas pela grande imprensa,
que buscam e deixam o Sr. Delúbio Soares no portão do CPP.
Reafirmamos que nenhum dirigente da CUT ou dos seus sindicatos
filiados esteve no CPP ou em qualquer outro estabelecimento prisional,
para fazer reunião com o Sr. Delúbio. Até porque, como assessor da CUT
ele pode no cumprimento das suas funções profissionais propostas e
aceitas pela VEP, reunir-se com eles no escritório da CUT onde cumpre
seu expediente.
A CUT não foi notificada de nenhum procedimento irregular e também
das recentes decisões tomadas pelo juiz. Defendemos o direito
inalienável ao trabalho do Sr. Delúbio Soares de Castro, nos termos do
direito, da legislação pertinente e daquilo que foi estabelecido quando
da sua concessão. A interrupção abrupta dessa concessão sem qualquer
comunicado prévio causa prejuízos ao trabalho que estava e está sendo
desenvolvido por ele.
Assim sendo, manifestamos nossa estranheza no ato da suspensão
temporária do contrato de trabalho do Sr. Delúbio, posto que o mesmo
está desempenhando suas atividades de forma satisfatória e esperamos que
o mesmo retorne em breve às suas funções.
São Paulo, 28 de fevereiro de 2014.
Vagner Freitas
Presidente da CUT
Presidente da CUT
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