Por Carol Brito
Da Folha de Pernambuco
Apesar de o processo que culminou com a indicação do secretário da
Fazenda, Paulo Câmara, para a cabeça de chapa da Frente Popular de
Pernambuco ter se dado sob a ótica de disputa interna no PSB, com
direito à fritura quase geral dos nomes que eram alçados em dados
momentos à provável condição de candidato, o postulante assegura que os
traumas internos foram superados. “Temos um clima de muita união e vamos
chegar unidos na campanha”, assegurou, durante entrevista à “Rádio
Jornal”. Contudo, ele fez questão de destacar que não trabalhou contra
nenhum dos correligionários concorrentes. “Não puxei o tapete de ninguém
de jeito nenhum. Foram trabalhados vários nomes e pude ter a honra de
defender o legado de Eduardo Campos”, disparou.
O pré-candidato do PSB ainda frisou que conversou com o
correligionário e vice-governador João Lyra Neto, que admitiu
publicamente sua contrariedade com o fato de ter sido rifado do processo
de discussão e na sequência da chapa majoritária da Frente Popular de
Pernambuco. A conversa ocorreu por convite do próprio socialista
caruaruense. Câmara e Lyra Neto nutrem uma boa relação decorrente do
trato administrativo nos sete anos de Governo Eduardo Campos.
Paulo Câmara também rebateu as críticas de nomes que integram o
palanque adversário, que tem recaído sobre a sua indicação pelo
governador Eduardo Campos. O deputado federal Silvio Costa (PSC) e o
senador Armando Monteiro Neto (PTB) ironizaram a escolha, destacando que
secretário até pode ser nomeado, mas que chefe do Executivo estadual
tem que ser eleito pela população. O pré-candidato do PSB assegurou, em
resposta, que será ele o responsável por liderar toda a sua campanha.
“Eu respondo ao deputado dizendo, claramente, que eu sou o líder
maior desse processo como pré-candidato. A partir de junho, como
candidato continuarei com essa liderança e, a partir de 2015, como
governador, vamos liderar o processo de avanço iniciado pelo governador
Eduardo Campos, e ouvindo a população. A única pessoa que vai liderar
esse processo é a população que será ouvida sobre as suas demandas”,
rebateu.
Paulo Câmara também recusou o carimbo de indicação técnica – que fora
colocado no meio político – durante o período de escolha do nome
indicado pelo governador. “Apesar de taxado como técnico, eu me
considero como parte de uma nova geração de políticos”.
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