O que seria um dia de lazer na vida da estudante paulista Bruna
da Silva Gobbi, de 18 anos, acabou ser tornando um pesadelo. A jovem,
que está de férias no Recife, foi atacada por um tubarão quando tomava
banho, junto com uma prima, no mar de Boa Viagem, no Recife, na tarde
desta segunda-feira (22). De acordo com o Corpo de Bombeiros, as primas
estavam se afogando, mas quando os salva-vidas se aproximaram, o animal
atacou. Bruna foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento e depois
transferida para o Hospital da Restauração. A estudante passou por
cirurgia e teve parte da perna esquerda amputada. Após entrar em coma,
vítima foi transferida para UTI. A morte foi confirmada à noite, às
23h20.
Testemunhas disseram que as jovens estavam a mais de 20 metros da areia.
O soldado bombeiro militar Abraão Tenório foi um dos que ajudaram no
resgate das vítimas. “Avistamos as jovens se afogando e entramos no mar
junto com o pessoal do jet ski. Quando chegamos perto percebemos o
sangue. Conseguimos retirar as duas da água e notamos a perna de uma
delas mordida”, detalhou.
De acordo com a equipe médica, Bruna teve três paradas
cardiorrespiratórias e respirava com ajuda de aparelhos. “Ela perdeu
muito sangue e a lesão foi extensa. Tivemos que realizar a amputação
acima do joelho. Ela deu entrada na UTI em estado muito grave”, atestou a
cirurgiã vascular Claudia Albuquerque.
Integrantes do Instituto Propesca acompanharam o caso e disseram que já
enviaram um projeto ao Governo do Estado com o intuito de diminuir os
ataques. “Nós propomos a colocação de uma tela rígida de Piedade até o
Pina. Nessa rede teriam boias magnéticas que afastam os animais. O
ataque foi próximo aos bombeiros e as placas”, afirmou Bruno Pantoja,
coordenador do Propesca.
A coordenadora do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com
Tubarões (Cemit) afirma que as vitimas foram avisadas do perigo. “Eles
(Propesca) querem colocar uma rede que iria matar os animais e isso não é
a nossa proposta. Temos que conviver com essa realidade e existem 88
placas que indicam o perigo. Os bombeiros avisaram, mas elas não saíram
da área e, 30 segundos depois o ataque aconteceu”, ressaltou.(FOLHAPE)
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