Se, de fato, houver a tentativa de instalação da Comissão de Constituição e Justiça na quarta-feira, como anunciou Rodrigo Maia, haverá um "quebra-pau" na Câmara, com consequências imprevisíveis.
Não é o combinado, a menos que o governo apresente, em menos de 48 horas, o projeto que muda aposentadorias e pensões dos militares.
Não é uma exigência da esquerda, mas do "Centrão" e não parece que será cumprida.
E, desde a entrevista de Paulo Guedes, ontem, ao Estadão, colocou-se mais uma peça no tabuleiro: a desvinculação do Orçamento.
Com qualquer governo, parlamentares não costumam fazer negócio sem garantias.
Ainda mais que o presidente divulga textos dúbios e enganosos no Twitter:
"A Nova Previdência define a aposentadoria de políticos nos padrões do INSS, inclui militares e servidores, é mais justa, igualitária e preserva os direitos do trabalhador"
Os bobos podem acreditar na insinuação de que os militares, tal como servidores e políticos, terão o "padrão INSS", ou seja R$ 5.800 de aposentadoria, o que é mentira.
Só que os deputados não são bobos, são deputados.
Agrava-se tudo ainda mais pela escolha de um novato e imaturo – como você chamaria um rechonchudo guri que aparece na TV usando camiseta "Trump 2020"? – para presidir a Comissão de Constituição e Justiça, a primeira a examinar a PEC da Previdência.
Não é preciso ser bidú para saber que coisas assim não dão certo.
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