Até as pedras da Serra do Jabre (PB) sabem que a “Operação Lava Jato” prestou grandes serviços ao Brasil e sobretudo grandes desserviços. Atuou positivamente quando descobriu e investigou um poderoso esquema de corrupção na Petrobrás, que tinha a participação de dirigentes da estatal, das empresas que trabalhavam para ela e de partidos políticos. Mas também atuou negativamente quando se esforçou para fechar empresas envolvidas com corrupção. Já foi dito aos procuradores de Curitiba, que se acham acima do bem e do mal, que na Alemanha de Hitler as principais empresas daquele país, entre elas a Mercedes Benz, colaboram com o nazismo. E que todas foram devidamente penalizadas por seus crimes, porém nenhuma delas foi obrigada a fechar as suas portas. No Brasil ocorre o contrário. Os procuradores de Curitiba não se deram por satisfeitos com a desmoralização das empresas que estavam no esquema da Petrobras. Trabalham para tirá-las do mercado, em que pese a maioria delas já ter devolvido o que levou indevidamente do erário e pedido desculpas à nação pelos crimes praticados. Para os Dallagnol da vida, apenas isto é insuficiente. É preciso também desempregar milhões de brasileiros (só em Pernambuco foram cerca de 80 mil) que é a consequência natural da falência de empresa que não consegue mais contratar com o poder público. Felizmente, o TCU começa a rever esse entendimento através do ministro Augusto Nardes. Ele recentemente arquivou um processo em que quatro empreiteiras envolvidas na “Lava Jato” haviam sido impedidas de firmar contratos com a União. Com isto, a Queiroz Galvão, a UTC Engenharia, a Techint Engenharia e a Empresa Brasileira de Engenharia e Comércio permanecem habilitadas a participar de licitações promovidas por entes públicos. Por mais que isto entristeça os procuradores Deltan Dallagnol e Luiz Fernando de Lima.
(Do Blog de Inaldo Sampaio)
(Do Blog de Inaldo Sampaio)
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