De Marisa Gibson, hoje na coluna DIARIO POLÍTICO
Colocados no meio do tiroteio das reformas trabalhista e da Previdência, os ministros pernambucanos Mendonça Filho (DEM), da Educação, Bruno Araújo (PSDB), Cidades, e Fernando Bezerra Filho (PSB), Minas e Energia, vão ter que se desdobrar para fazer do limão uma limonada: manter a fidelidade ao governo do qual participam, convencer parlamentares a votarem favoravelmente às propostas do Palácio do Planalto e convencer o eleitor que as mudanças que o governo propõe não lhes tiram direitos adquiridos.
Ao todo, 14 ministros podem ser afastados das pastas que comandam e voltar à atuação parlamentar na Câmara dos Deputados, incluindo aí o também o pernambucano Raul Jungmann (PPS), da Defesa, que esteve ausente dos primeiros embates da reforma trabalhista por estar em compromisso oficial em Moscou.
Do ponto de vista do governo, a presença dos ministros pernambucanos no Câmara funciona também como um contraponto à resistência do PSB, que fechou questão contra as reformas. Vale assinalar que dos socialistas arredios ao seu governo, em sua maioria pernambucanos, o presidente Michel Temer (PMDB) nunca esperou um comportamento diferente, nem mesmo do governador Paulo Câmara. Houve sempre uma certa desconfiança entre o Planalto e as Princesas.
Bem, tão logo se iniciou o Governo Temer, os ministros pernambucanos se uniram num grupo, o G4, todos com pretensões para 2018 mas, aos poucos, foram ficando mais contidos por força das circunstâncias.
Alguns deles consideram o cenário estadual desfavorável à reeleição de Paulo, abrindo espaço para uma candidatura de um dos quatro, mas a popularidade de Temer, lá embaixo, desanima voos mais altos do grupo.
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