Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e seu grupo mais próximo desenharam há alguns dias vários cenários para a eleição de 2018. Num deles, o presidente Michel Temer seria candidato à reeleição, criando ainda mais dificuldades para o governador
Temer, apesar de todo o desgaste do governo, que tem hoje aprovação muito baixa, poderia atrair para a sua candidatura o PSDB, inviabilizando Alckmin. O partido é hoje controlado por Aécio Neves, que, atingido por denúncias da Operação Lava Jato, optaria por negociar com o presidente a indicação de um vice em sua chapa.
Alckmin acredita que tem hoje a preferência do PSDB para ser candidato, mas também que poderia sofrer mais esse drible de Aécio, que controla a máquina da legenda. Ao tucano mineiro interessaria mais uma aliança com Temer, em que teria amplos espaços de poder.
A hipótese de João Doria atropelar Alckmin, nos cenários traçados por integrantes de seu núcleo político, é vista como real, mas com grandes obstáculos no mundo partidário. Para ser candidato a presidente, o prefeito paulistano precisaria ter apoio de várias legendas para se viabilizar, o que hoje não ocorre.
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