(Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)
POR FERNANDO BRITO, no Tijolaço
A Globonews noticiou, agora há pouco, que Eliseu Padilha foi, ontem à noite, ao gabinete de Renan Calheiros, oferecer a ele, em nome de Michel Temer, a criação do Ministério dos Portos, cuja indicação caberia ao ex-presidente do Senado, e mais verbas federais ao governador de Alagoas, Renan Filho – o nome dispensa explicações.
Ontem, Renan reuniu os senadores do PMDB e, além dele, oito outros assinaram um pedido para que Temer não sancionasse o projeto de terceirização indiscriminada que a Câmara, o que teria sido recusado pelo ocupante da Presidência.
Temer está interessado em sancionar logo o projeto de terceirização, que está vulnerado porque sua tramitação, como mostra Marcelo Auler, em seu blog, deveria ter sido suspensa pela mensagem presidencial enviada por Lula, em 2003, retirando o projeto, que havia sido enviado em 1998, por Fernando Henrique Cardoso.
A confirmar-se a criação do Ministério dos Portos, Temer chegará a 29 ministérios, seis a mais do que a redução para 23 pastas que apresentou com sua grande obra administrativa, ao subir ao poder com o golpe do impeachment.
Desta vez, se não há outros dos costumeiros motivos de Renan para ocupar espaços no governo, apenas por uma questão paroquial. É que Maurício Quintella Lessa, ministro dos Transportes aos quais os portos estão subordinados, é adversário alagoano do ex-presidente do Senado.
É a República, ao menos, a de Alagoas, de triste memória. Até para mim, neto de alagoano…
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