Empresários e entidades ligadas ao setor da carne e de alimentos começam a respirar com o recuo de alguns países que haviam suspendido as importações do produto brasileiro. Mas consideram que o estrago da Carne Fraca foi tão grande que serāo necessários cinco anos para que o setor volte aos patamares em que estava. Nesse período, a carne brasileira deve continuar sendo vendida com deságio.
Embora nesse caso o pior pareça já ter passado, é enorme, nos setores produtivos, o temor de que, do dia para a noite, algum outro setor seja atingido por operações pirotécnicas que acabam transformando a corrupção setorial e pontual em crise sistêmica. Essa é também a preocupação de investidores estrangeiros, que vem abordando empresários brasileiros com perguntas sobre a segurança de investir numa área que pode acabar sofrendo esse efeito.
Não são poucos os representantes de entidades e empresas do setor alimentício que estāo pedindo ao Planalto providências mais duras em relação à Policia Federal, sugerindo que cabeças deveriam rolar, e se articulando até para entrar na Justiça contra a União pelos danos que sofreram na carne – sem trocadilhos.
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