Na
preparação para a campanha presidencial do ano que vem, o ex-presidente
Lula tem se reunido com economistas e políticos para construir o
discurso que vai adotar em suas andanças pelo país, que devem começar
desde já. Ele tem dito que é preciso um discurso novo, o que ele tem
chamado de "uma nova plataforma" para o país voltar a crescer e reduzir
as desigualdades. Para ele, o discurso do "golpe" já se esgotou.
Nas
reuniões internas, que agora são cada vez mais frequentes, Lula tem
dito que é preciso defender "o legado do PT" e, segundo ele, esse
discurso tem aderência porque é visível que "muito deste legado está se
desfazendo"; é preciso também estabelecer a comparação dos governos
petistas com o governo atual, sobretudo em geração de emprego, mas é
preciso mais. É essa a discussão que ele pretende ter com economistas
simpatizantes ou filiados ao partido. Um dos mais frequentes em
reuniões é o ex-presidente do Ipea, Márcio Pochman.
Enquanto
prepara o discurso para as ruas, Lula vai também construindo o discurso
interno para o Congresso Nacional do PT, que será realizado em junho.
Ele tem sido apontado como nome ideal para dirigir o partido e assim o
PT retomar o espaço que já ocupou, mas tem resistido. A solução seria a
de construir uma direção com vice-presidentes que cuidariam de cada tema
importante para o partido, como a construção de candidaturas e alianças
- ações que tomam muito tempo e que Lula transferiria para outro
dirigente.
Além
da candidatura à presidência, o PT quer preparar uma forte chapa de
candidatos a deputado federal. Até porque, observam os petistas, é o
tamanho da bancada federal que determina o tempo de televisão de cada
partido e a divisão dos recursos do fundo partidário.
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