247 - Conhecido como um dos mais célebres advogados a
defender presos políticos na época da ditadura militar, Técio Lins e
Silva avalia hoje que a Operação Lava Jato é pior do que aquele
período. "Estou falando de uma arbitrariedade como nunca se viu no
Brasil, nem na ditadura", comparou o advogado, em entrevista a Mario
Cesar Carvalho, da Folha de S. Paulo.
Lins e Silva, que hoje defende o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino
de Alencar, questiona o poder do juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba,
para julgar os processos da investigação e observa que "a mídia tem tido
uma reação muito ruim a isso tudo. Ela foi contaminada por esse
fundamentalismo da repressão e aplaude tudo que é contrário aos
acusados".
"Todo dia há um fato. Essa é a questão. Não há uma luz no fim do
túnel para que a Justiça possa colocar um freio. Ao contrário. Se há uma
decisão favorável [aos investigados], há uma reação contra. Não é
normal colocar fotos de investigados, fotos do prontuário, com dados
sigilosos, para humilhar", observa. Ele também faz críticas ao
procurador e chefe da força-tarefa da operação, Deltan Dallagnol, que
para ele "confunde militância política com a função pública de
procurador".
Leia aqui a íntegra.
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