Do Pernambuco.com
O
primeiro dia de greve dos rodoviários de Pernambuco deixou rastro de
indignação, atrasos e muita confusão na Região Metropolitana. E parece
que o cenário se repetirá pelos próximos dias. De acordo com o Sindicato
dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Pernambuco, a paralisação
vai ser prolongada por tempo indeterminado. Os representantes da
categoria entraram com um embargo de declaração para pedir maiores
esclarecimentos sobre a liminar expedida pelo vice-presidente do
Tribunal de Justiça do Trabalho da 6ª região (TRT-PE), desembargador
Pedro Nóbrega, que pediu 100% da frota circulando nos horários de pico.
O
anúncio da manutenção da greve foi feito em coletiva de imprensa, na
tarde desta segunda-feira (28), na sede do Sindicato Municipal dos
Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere). O embargo
de declaração foi impetrado, na manhã desta segunda, no Tribunal
Regional do Trabalho.
"Queremos
saber exatamente o que o desembargador quis dizer com 100% dos veículos
circulando. Em dias normais, sem paralisação, não circulam todos os
ônibus", argumentou o presidente (eleito, mas ainda não empossado) do
sindicato, Benilson Custódio. Na liminar, o TRT alegou, com base no
posicionamento do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros
no Estado de Pernambuco (Urbana/PE), que há poucos ônibus para atender
todos os usuários, que somam mais de dois milhões de passageiros.
"O
sindicato entendeu que o sucateamento do sistema rodoviário urbano não
deve recair na conta do trabalhador. Nós temos direito a greve. Hoje, o
patronato dispensou motoristas, cobradores e fiscais e contratou
prestadores de serviço para que o movimento caísse na ilegalidade",
complementou Benilson Custódio.
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