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pesquisa Sensus, que aponta segundo turno entre Dilma Rousseff e foi
divulgada neste sábado, favorece o tucano. O motivo, segundo o
jornalista José Roberto de Toledo, colunista político do Estado de S.
Paulo, é a metodologia, que apresentou os candidatos em ordem alfabética
– com Aécio Neves em primeiro lugar – e não em cartões circulares.
Leia, abaixo, parte da análise postada em seu blog
''A
pesquisa Sensus divulgada neste sábado vai dar o que falar. Se não
pelos seus números, ao menos pelos seus métodos. O instituto, que vinha
trabalhando para o PSDB até pouco tempo atrás, foi criativo ao
apresentar as perguntas aos eleitores.
Em
vez de mostrar ao eleitor um cartão circular com os nomes dos
candidatos – para não privilegiar nenhum deles -, o instituto mineiro
apresentou uma lista em ordem alfabética. Desse modo, o nome de Aécio
Neves (PSDB) aparece sempre em primeiro lugar.
Além
de contrariar a prática do mercado (institutos como Ibope e Datafolha
apresentam a cartela circular), o Sensus mudou sua própria maneira de
fazer a pergunta de intenção de voto. Em eleições passadas, como em
2010, o instituto sempre usou a cartela circular, e não a lista em ordem
alfabética.
Na
pré-campanha, quando a maioria dos eleitores não tem o nome de um
candidato na ponta da língua, qualquer tratamento diferenciado a um
deles pode inflar sua intenção de voto. No começo de 2010, por exemplo,
Sensus e Vox Populi colocavam o partido do candidato ao lado do seu
nome, o que aumentava a intenção de voto da então desconhecida Dilma
Rousseff, porque o eleitor descobria, pelas mãos do pesquisador, que ela
era do PT.
Desta
vez, a criatividade na maneira de apresentar as perguntas pelo Sensus
deve atrapalhar e não ajudar a presidente. Além de colocar seu
adversário Aécio em evidência na pesquisa de intenção de voto, o
instituto incluiu uma pergunta sobre aumento do preços dos alimentos
antes de pedir ao eleitor para avaliar o governo federal como ótimo,
bom, regular, ruim ou péssimo.
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