Agência Brasil (Rio de Janeiro) – A presidenta da Petrobras,
Graça Foster, disse hoje (29) que nos próximos anos a empresa fará mais
investimentos em produção de petróleo do que em exploração, a fase de
pesquisas e testes. A informação foi dada em palestra para empresários
do setor de petróleo e gás, durante a feira Offshore Technology
Conference, no Rio de Janeiro.
“Nos próximos cinco, seis anos, será mais importante para nós o “P”
de produção do que o “E” de exploração”, disse a presidenta. A companhia
tenta elevar suas reservas para diminuir o impacto da importação de
combustível. Para não aumentar a inflação, a Petrobras vende mais barato
no mercado interno o combustível comprado a preço superior no mercado
externo.
Graça Foster anunciou que a companhia deve dobrar de tamanho nos
próximos anos, com a entrada em operação de novos poços no pós-sal e no
pré-sal. Ela aposta no aumento da produção e comercialização de gás para
o mercado interno e externo. “São 171 milhões de metros cúbicos de gás
por dia, e trabalhamos também para dobrar nossa capacidade de refino”,
acrescentou.
Além das incertezas do mercado externo, para a executiva, os desafios
da companhia na próxima década são a construção de grandes unidades de
produção, sondas e navios com conteúdo local e a redução do déficit de
mão de obra de nível técnico. “Este é um grande gargalo”, afirmou.
Também preocupa a demanda por combustíveis fósseis, em um cenário
projetado para os próximos 20 anos, em que combustíveis renováveis
ganham força.
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